Multiplique seu Talento
Multiplique seu talento
Leandro Pereira - IBG
“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.” Mt 25.14-18
O texto acima é muito conhecido no meio cristão, porém quando paramos para analisar a postura dos fiéis diante do ensinamento desta parábola, fica a pergunta no ar: será que temos colocado em prática a palavra de Deus?
Vejamos as semelhanças desta passagem com os comportamentos atuais dentro das igrejas:
1º- “o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos”. Este servo se assemelha ao cristão que recebe uma grande porção de talento, seja ele um dom da música, da palavra, de exortação, de oração, ou qualquer outro dom para ser exercido na obra de Deus e fez multiplicar este seu dom, se envolvendo cada vez mais com a obra de Deus e ganhando almas para o Reino dos Céus, obtendo assim um crescimento espiritual e consequentemente relacionamento com o Pai.
2º- “o que recebera dois, granjeou também outros dois”. Este servo se assemelha ao cristão que recebeu uma porção de talento não tão grande, mas que mediante sua persistência, força de vontade, determinação e prazer em fazer a vontade de Deus, se empenhou ainda mais e conseguiu multiplicar este dom na mesma proporção que lhe foi dado e semelhantemente ao primeiro servo, ajudou na conversão de corações ao Pai.
3º- “Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu Senhor”. Já este servo se assemelha ao cristão que recebeu um pequeno dom, porém muito útil para a obra, ao invés de investir o seu tempo buscando multiplica-lo compartilhando seu pequeno conhecimento com os demais e buscando irmãos para o Reino dos Céus, tomou somente para si este dom e fez uso dele da forma como achou mais adequada, sendo que não o utilizou para edificação própria, dos irmãos e muito menos do seu Senhor.
O desfecho desta parábola, todos já conhecem, no qual o Senhor engrandece e multiplica ainda mais aos que fizeram com que os talentos que foram recebidos multiplicassem. Já o servo que reteve para si o seu talento, até o que tinha lhe foi tirado.
Fazendo uma aplicação ainda mais prática para nossos dias, não são raras as vezes em que observamos irmãos dotados de dons e talentos usando os mesmos apenas para serem servidos e para se promoverem, não se preocupando em servir ao próximo e principalmente a Deus. Muitos se vangloriam do dom recebido como se este fosse fruto único e exclusivo de merecimento, porém se esquecem de que Deus é o responsável por aquela dádiva e espera que façamos o uso correto da bênção recebida.
Ao longo da caminhada cristã, encontramos irmãos que ficam a beira do caminho, já sem muito fôlego para caminhar e que praticamente perderam todo o seu dom, que antes era tido como algo natural. Isto é um resultado do orgulho destes irmãos que acham que são suficientes para suas vidas e não reconhecem que Deus é que supri todas as nossas necessidades. Em alguns momentos, sem nos darmos contas, assumimos posturas semelhantes, quando pensamos que em determinado ministério a nossa vontade tem que ser feita, a nossa opinião deve prevalecer, todos devem entender a nossa situação, não aceitamos uma crítica construtiva e que enriquecerá ainda mais o nosso dom, quando não aceitamos as regras e direção dos ministérios e até mesmo da igreja, ou em qualquer outra situação em que o nosso “EU” fala mais alto do que a vontade de Deus para nossas vidas.
Nós somos os grandes responsáveis pelas limitações que damos ao nosso dom. Temos que aprender cada vez mais a trabalhá-lo, ensinando ao próximo, compartilhando com os irmãos, mantendo o alinhamento com o ministério e tomando uma postura real de servo do nosso Senhor e fazendo, desta forma, uma grande multiplicação do nosso talento!